Guerra comercial dos EUA afeta projeções do Banco Mundial

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de istração (FIA). Com agens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Mercado global deve fechar 2025 com crescimento em torno de 2,3%, menor percentual registrado desde a recessão de 2008

Foto de Markus Spiske na Unsplash

A economia mundial deve desacelerar acentuadamente neste ano, por conta do impacto e das incertezas geradas pela política comercial adotada pelos Estados Unidos.

Relatório elaborado pelo Banco Mundial indica que a expansão da produção global deverá atingir 2,3% em 2025, percentual inferior ao crescimento de 2,7% projetado em janeiro – e o menor percentual registrado desde 2008, em meio à recessão global.

Após os choques comerciais que se espalharam pela economia global, o crescimento dos países em desenvolvimento (EMDEs) deverá desacelerar para 3,8% em 2025, e depois subir para uma média de 3,9% ao longo de 2026-27, cerca de 1,2 ponto percentual abaixo da média de 2010-19.

Excluindo a China, a estimativa de crescimento para os mercados emergentes e em desenvolvimento deve desacelerar de 3,6% em 2024 para 3,4% em 2025 e, em seguida, acelere para cerca de 3,9% ao longo de 2026-27.

Espera-se uma recuperação morna no ciclo 2026-27, deixando assim a produção global materialmente abaixo das projeções traçadas em janeiro.

Segundo o relatório, o progresso das EMDEs na redução das disparidades de renda per capita com as economias avançadas e na redução da pobreza extrema deverá permanecer insuficiente.

Boa parte da perspectiva depende da evolução da política comercial global. De acordo com o Banco Mundial, “o crescimento pode ser menor se as restrições comerciais aumentarem ou se a incerteza política persistir, o que também pode resultar em um acúmulo de estresse financeiro”.

“Esforços políticos globais também são necessários para enfrentar a deterioração das circunstâncias dos países em desenvolvimento (EMDEs) vulneráveis ​​em meio a conflitos predominantes e endividamento, ao mesmo tempo em que abordam desafios de longa data, incluindo os efeitos das mudanças climáticas”, destaca a instituição.

Outros riscos negativos incluem um crescimento mais fraco do que o esperado nas principais economias, com repercussões globais adversas, agravamento de conflitos e eventos climáticos extremos.

No lado positivo, a incerteza e as barreiras comerciais podem diminuir se as principais economias chegarem a acordos duradouros que abordem as tensões comerciais.

Para o Banco Mundial, as mudanças globais em andamento “ressaltam a necessidade de esforços determinados de políticas multilaterais para promover um ambiente mais previsível e transparente para a resolução de tensões comerciais, algumas das quais decorrem de desequilíbrios macroeconômicos”.

Confira abaixo a íntegra do relatório divulgado pelo Banco Mundial.

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