IPCA perde força em maio e no total em 12 meses, segundo IBGE

Transportes e artigos de residência seguem em deflação; bandeira amarela na tarifa de energia elétrica leva Habitação a puxar índice mensal

Foto de Mike Cho na Unsplash

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) perdeu força após dois meses consecutivos de alta, e o total acumulado nos últimos 12 meses caiu para 5,32% – a variação em abril foi de 5,53%.

No mês, o IPCA manteve a trajetória de queda vista desde o pico inflacionário em fevereiro (1,31%) e encerrou maio em 0,26% – a variação em abril foi de 0,43%.

Dois dos nove grupos pesquisados apresentaram deflação no período de pesquisa: Artigos de Residência (de 0,53% em abril para -0,27% em maio) e Transportes, que ou de -0,38% no mês anterior para -0,37%.


A maior influência no IPCA foi o grupo Habitação, que respondeu por 68,37% da alta ao apresentar a maior variação do período (1,19%) por conta da vigência da bandeira tarifária amarela em maio, que adiciona R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos – fazendo da energia elétrica residencial (3,62%) o subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,14 p.p.).

Já o grupo Transportes representou queda de 29,21% –  neste caso, o recuo mensal foi diretamente afetado pelos itens agem aérea (-11,31%) e dos combustíveis (-0,72%), todos registrando variação negativa em maio: o óleo diesel de 1,30%, o etanol de 0,91%, o gás veicular de 0,83%, e a gasolina de 0,66%

IPCAVariaçãoPesoInfluenciaInfluência %
IPCA              0,2600100,000,2629101,13%
1.Alimentação e bebidas          0,170021,950,037314,35%
2.Habitação          1,190014,940,177868,37%
3.Artigos de residência–        0,27003,61-0,0097-3,75%
4.Vestuário          0,41004,630,01907,30%
5.Transportes–        0,370020,53-0,0759-29,21%
6.Saúde e cuidados pessoais          0,540013,500,072928,04%
7.Despesas pessoais          0,350010,110,035413,61%
8.Educação          0,05006,100,00301,17%
9.Comunicação          0,07004,640,00321,25%

Grupo de maior peso na composição do indicador, Alimentação e bebidas desacelerou de 0,82% em abril para 0,17% em maio, com a alimentação no domicílio saindo de 0,83% para 0,02%, enquanto a alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,58% em maio, frente ao 0,80% de abril.

Na composição do grupo, as maiores influências foram Bebidas e Infusões (onde entra café) e Carnes – os itens que mais subiram no período foram batata-inglesa (10,34%), cebola (10,28%), café moído (4,59%) e carnes (0,97%).


A queda apresentada pelos grupos Alimentação e Bebidas e Artigos de Residência confirma a influência do câmbio no IPCA – essa influência é vista com mais destaque no grupo Alimentação e Bebidas, cuja trajetória de queda começou em janeiro, como é possível verificar no gráfico abaixo.


Mesmo assim, Carnes e Bebidas e Infusões continuam pressionando pelo lado da alta. No caso das Carnes, o componente manteve a trajetória de alta iniciada em agosto de 2024, ao o que a trajetória de aumento do grupo Bebidas e Infusões teve início no mês de fevereiro. 

Cálculos: Jornal GGN

Texto: Tatiane Correia

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  1. Dia 11 de Junho de 2025
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    DOS CRIMES CONTRA A ISTRAÇÃO PÚBLICA
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    Pena – detenção, de um mês a um ano.

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