Vala comum localizada perto de Damasco pode conter milhares de corpos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de istração (FIA). Com agens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Governo interino promete responsabilizar envolvidos; Bashad al-Assad e seu pai são acusados de matar milhares por execução extrajudicial

Ahmed al-Sharaa, comandante-chefe da nova istração da Síria. Foto: IRNA

Uma vala comum com a possibilidade de conter restos de mortais de milhares de pessoas foi localizada perto da capital da Síria, Damasco, após o colapso da ditadura da família al-Assad.

O local em questão está localizado em al-Qutayfah, a 40 km ao norte da capital, e se soma a outras doze valas comuns que foram encontradas no sul do país. Em um local, 22 corpos (incluindo mulheres e crianças) exibiam sinais de execução e tortura.

Segundo o site da Al Jazeera, o ex-presidente Bashar Al-Assad e seu pai Hafez, que o precedeu como presidente e morreu em 2000, são acusados ​​de matar centenas de milhares por meio de execuções extrajudiciais, incluindo no notório sistema prisional do país.

A inteligência da força aérea síria teria efetuado a transferência dos corpos dos hospitais (onde foram coletados após terem sido mortos na prisão) para as valas comuns.

Recentemente, representantes da Human Rights Watch estiveram na região sul de Damasco, onde foram encontrados restos humanos que apresentavam sinais de execução.

Diante dessas evidências, a recomendação tanto da HRW como de pesquisadores é de que as autoridades sírias do governo de transição preservem as evidências físicas em todo o país, uma vez que a escala de quantas valas coletivas existem só podem ser localizadas nos arquivos do regime da família al-Assad e é muito importante que essas valas não sejam saqueadas.

Em entrevista, o comandante-chefe da nova istração, Ahmed al-Sharaa, afirmou que aqueles que ajudaram al-Assad de forma ativa ou cometeram crimes contra o povo seriam encaminhados à Justiça.

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