Flotilha de ajuda humanitária com Greta Thumberg e Thiago Ávilla se aproxima de Gaza

Fundada em 2010, a Flotilha faz parte de um movimento internacional não violento de solidariedade com os palestinos

Ativistas pró-palestina, Thiago Ávila e Greta Thunberg atravessam mediterrâneo em ato de solidariedade às vítimas de bloqueios israelenses. | Foto: Reprodução/Redes sociais

do Brasil de Fato

Flotilha de ajuda humanitária com Greta Thumberg e Thiago Ávilla se aproxima de Gaza

por Leandro Melito

Um barco humanitário com 12 ativistas a bordo, incluindo a sueca Greta Thunberg e o ativista brasileiro Thiago Ávilla, navega perto da costa do Egito e se aproxima da Faixa de Gaza, devastada pela guerra e cercada por Israel, anunciaram neste sábado (7) os organizadores da viagem.

O “Madleen”, um veleiro da Coalizão da Flotilha da Liberdade (FFC, na sigla em inglês), partiu no domingo (1), da Sicília, na Itália, em direção a Gaza. O objetivo é fornecer ajuda humanitária e “romper o bloqueio israelense” imposto ao território palestino, ameaçado pela fome, devido ao bloqueio total à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, imposto por Israel desde 2 de março. Já foram registradas dezenas de mortes por fome, a maioria de crianças pequenas e idosos.

genocídio palestino, em curso na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023, já registrou quase 55 mil mortes, a maioria mulheres e crianças. “Estamos navegando ao longo da costa egípcia”, declarou à AFP a ativista alemã de direitos humanos Yasemin Acar. “Estamos todos bem”, acrescentou.

Em um comunicado publicado em Londres, o Comitê Internacional para Romper o Cerco a Gaza, uma organização que integra a FFC, informou que a embarcação havia entrado em águas do Egito, vizinho da Faixa de Gaza.

Qualquer interceptação do veleiro constituiria “uma violação flagrante do direito internacional humanitário”, afirmou o comitê, que informou estar em contato com instâncias jurídicas internacionais para garantir a segurança das pessoas a bordo.

Na sexta-feira (6), o ativista Thiago Ávilla respondeu às ameaças das forças de segurança de Israel contra a embarcação.

“Ontem nós recebemos outra ameaça da entidade sionista. Eles disseram que se insistirmos eles vão atacar como fizeram há 15 anos no Mavi Marmara, quando mataram 10% dos nossos participantes, e não foram responsabilizados de forma alguma”, relatou o ativista, em vídeo postado nas redes sociais.

A Coalizão da Flotilha da Liberdade, fundada em 2010, é um movimento internacional não violento de solidariedade com os palestinos que exige o fim do bloqueio à Faixa de Gaza por razões humanitárias e políticas.

O “Madleen” transporta “sucos de frutas, leite, arroz, conservas, barras de proteínas oferecidas por centenas de cidadãos de Catânia”, escreveu o jornalista Andrea Legni, que está a bordo.

No início de maio, um barco da FFC que esperava partir de Malta rumo à Faixa de Gaza sofreu danos. Os ativistas disseram suspeitar de um ataque de drones israelenses.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) manifestou sua solidariedade à ação da Flotilha.

“Romper esse bloqueio por mar e por terra é uma ação fundamental para salvar vidas de crianças palestinas que sofrem com a fome e a desnutrição. Romper esse bloqueio é fundamental para ter início a reconstrução de Gaza. É preciso paz, fim dos ataques, fim dos bombardeios e retirada imediata das tropas colonialistas de Israel, para reconstruir casas, prédios, escolas, igrejas, mesquitas, universidades, hospitais e toda a infraestrutura civil de ajuda humanitária e assistência social para a população Palestina”, declarou Marcelo Buzetto, da Coordenação Estadual do MST-SP, em vídeo.

*Com AFP

Editado por: Rodrigo Gomes

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2 Comentários

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  1. Quando era apenas criança e fazia discursos dizendo “como vocês ousam arruinar minha infância”, Greta Thumberg era um pouco histriônica. Mas a imprensa perdoou seus exageros retóricos infantis, porque ela significava notícias e lucro, e poderia ser incluída na agenda dos poderosos. Agora que ela diz “como vocês ousam arruinar a infância das crianças palestinas”, isso é um problema para os poderosos, e ela perdeu espaço na mídia, sendo tratada como uma pessoa perigosa, potencialmente criminosa ou ligada a terroristas. Greta pode ser acusada de tudo, exceto de ser “vendida” ou uma “criatura desprezível movida exclusivamente pela ganância por lucro”. Ela sacrificou sua visibilidade na mídia e sua paz de espírito pelas vítimas de um genocídio. Isso é realmente irável.
    Dito isso, devo acrescentar que a vida dela está em sério perigo. As das demais pessoas no veleiro também. Porque, como vocês sabem, soldados sionistas sanguinários que gostam de matar e mutilar crianças são capazes de cometer qualquer tipo de crime atroz, não porque tenham medo de ter seus crimes expostos, mas porque se orgulham de serem criminosos implacáveis. O líder deles não tem qualquer freio moral, ético ou religioso. Netanyahu pode pensar em afundar o barco de Greta Thumberg enquanto toma um copo de suco de laranja e decidir fazê-lo antes de terminar de engolir a última gota.

  2. Não há como discordar que a vida de quem estiver a bordo corre perigo. Afinal, seguem na direção de um bando de genocidas bancados pelos eua.

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