Israel prende ativista brasileiro em solitária após tentativa de entrega de ajuda a Gaza

Contribua usando o Google

O ativista brasileiro Thiago Ávila, que integra o movimento Freedom Frotilla e que tentou entregar ajuda humanitária para os palestinos na Faixa de Gaza, foi levado para a solitária nesta quarta-feira (11). 

De acordo com informações do Freedom Frotilla Brasil, o ativista brasileiro foi preso depois de se recusar a uma ordem de deportação, documento que incluía a issão de que o grupo entrou ilegalmente em território israelense. 

No entanto, o grupo sequer chegou a entrar em Israel, tendo em vista que a embarcação ainda estava em águas internacionais quando foi interceptada pelo governo israelita. 

Na última terça-feira (10), oito dos 12 tripulantes a bordo do Madleen foram levados aos Tribunal Revisional de Detenção israelense em Ramleh. Além de separá-los, os ativistas também foram banidos do país por 100 anos.

Em protesto, Ávila está no terceiro dia de greve de fome e água para denunciar os crimes cometidos por Israel, que ameaça deixá-lo isolado em uma cela escura e sem o a ninguém nos próximos sete dias. 

Os outros quatro tripulantes, entre eles a ativista sueca Greta Thunberg, já foram deportados. Entre os que seguem detidos está a deputada franco-palestina Rima Hassan.

Rima também se recusou a os documentos de deportação e foi ameaçada diretamente. “Vamos esmagar sua cabeça”, afirmou um guarda israelense, de acordo com o jornalista Omar Fayad, já deportado.

Entenda o caso

A embarcação Madleen com 12 ativistas deixou a Itália no dia 1º, em direção a Gaza, a fim de entregar ajuda humanitária aos palestinos e dar visibilidade aos crimes cometidos por Israel na região, que sofre com o bloqueio territorial e naval imposto pelo governo israelense. 

A previsão inicial era de que os palestinos chegassem em Gaza no último domingo (8), mas a embarcação foi interceptada pela marinha de Israel a cerca de 200 quilômetros de Gaza, o que configura território internacional. 

Enquanto isso, os ataques israelenses ao povo palestino continua. No último sábado (7), novos ataques mataram mais 45 pessoas, de acordo com médicos locais após ataques no distrito de Sabra, no norte de Gaza. 

Testemunhas afirmaram que um míssil supostamente mirava um prédio residencial, que atingiu ainda outras casas na região. 

O Exército de Israel não comentou o ataque, mas, após o ataque, informou que a população deveria deixar a região rumo ao distrito de Jabalia, pois novos foguetes seriam lançados nas proximidades. 

Profissionais da saúde alertaram que os hospitais de Gaza têm combustível para manter o funcionamento apenas para três dias. 

Já a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que os 2,3 milhões de palestinos em Gaza devem ar fome graças à restrição de alimentos de 11 semanas impostas por Israel, enquanto as taxas de desnutrição aguda em crianças triplicou. 

LEIA TAMBÉM:

Israel não deve permitir entrada de Greta Thunberg e militantes em Gaza

Flotilha de ajuda humanitária com Greta Thumberg e Thiago Ávilla se aproxima de Gaza