Israel aprova plano de ocupação total de Gaza e eleva tensão no Oriente Médio

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Governo de Netanyahu intensifica bombardeios e prepara ofensiva terrestre prolongada

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. | Foto: RS via Fotos Públicas
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. | Foto: RS via Fotos Públicas

O governo de Israel aprovou nesta segunda-feira (5) um plano para ocupar a Faixa de Gaza de forma integral e por tempo indeterminado.

Segundo informações da agência Associated Press (AP), a decisão inclui o aumento gradual dos bombardeios e operações terrestres, com o objetivo declarado de exercer controle permanente sobre o enclave.

Fontes do gabinete ministerial israelense informaram que a estratégia será implementada em etapas, aprofundando a ofensiva iniciada após o fim da trégua vigente entre janeiro e março deste ano.

Atualmente, as Forças de Defesa de Israel já controlam cerca de 50% da Faixa de Gaza – uma ocupação classificada como temporária até então.

Riscos aos reféns

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o novo plano visa “aumentar a pressão” sobre o grupo Hamas, para forçar negociações de cessar-fogo mais favoráveis aos interesses israelenses. Um dos principais pontos de exigência é a libertação de todos os reféns ainda sob poder do grupo palestino.

No entanto, a própria chefia das Forças Armadas israelenses itiu que a intensificação da ofensiva pode colocar em risco a vida dos reféns.

Enquanto isso, observadores internacionais alertam para as consequências humanitárias de uma ocupação prolongada e para o risco de agravamento do conflito regional.

Ameaças na região

Como reação à escalada, os Houthis do Iêmen – grupo apoiado pelo Irã – intensificaram seus ataques contra Israel. Ontem (4), um míssil lançado a partir do território iemenita caiu nas proximidades do aeroporto Ben Gurion, principal terminal aéreo de Israel, localizado na região metropolitana da capital Tel Aviv.

Em comunicado, os Houthis anunciaram um “bloqueio aéreo abrangente” contra Israel, e prometeram novos ataques aos aeroportos israelenses, priorizando o Ben Gurion como alvo principal.

O aviso foi enviado também à Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) e à Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), recomendando às companhias aéreas internacionais que suspendam voos para o país.

Conclamamos todas as companhias aéreas internacionais a levarem este anúncio a sério… e cancelarem todos os seus voos para os aeroportos do inimigo israelense criminoso, a fim de garantir a segurança de suas aeronaves e ageiros“, dizia o e-mail divulgado.

Diante do ataque ao entorno do aeroporto, Netanyahu prometeu retaliação, aprofundando um cenário de instabilidade crescente.

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1 Comentário

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  1. A violência genocida nazista elevou moralmente os judeus que sobreviveram ao Holocausto apesar de alguns deles terem colaborado com o III Reich. A violência genocida sionista em Gaza agora degrada moralmente Israel e previsivelmente torna Adolf Hitler um grande líder político aceitável novamente. Nesse caso, a tragédia não se repetiu como uma farsa como disse Karl Marx. Na verdade em Gaza a História deu uma volta completa até nós retornarmos ao ponto em que o nazismo é aceitável, necessário e até mesmo virtuoso. Isso não é uma boa notícia para os judeus é claro, mas os sionistas estão satisfeitos porque eles vivem da violência e precisam de pretextos para continuar sua campanha sanguinária. A missão deles nunca foi elevar o judaísmo ou preservar o bem estar dos judeus.

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