Barroso diz que apoio dos EUA foi decisivo para evitar adesão de militares a tentativa de golpe

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Presidente do STF afirmou que buscou declarações de apoio dos americanos à democracia durante sua gestão no TSE

Ana Gabriela Sales
Publicado em
Carlos Moura – STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que os Estados Unidos tiveram um papel “decisivo” para evitar que setores das Forças Armadas brasileiras aderissem a uma tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.

A declaração foi feita durante evento do Lide, grupo empresarial fundado pelo ex-governador João Doria, realizado em Nova York. Barroso discursou sobre o tema “O Brasil e seu papel na institucionalidade com os Estados Unidos”.

Segundo o ministro, durante sua gestão como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre maio de 2020 e fevereiro de 2022, ele buscou apoio internacional da gestão Joe Biden para reforçar a estabilidade democrática no Brasil. “Em três ocasiões pedi declarações dos Estados Unidos em apoio à democracia brasileira, uma delas diretamente ao Departamento de Estado”, afirmou.

Barroso explicou a motivação por trás do apelo: “Acho que isso teve algum papel, porque os militares brasileiros não gostam de se indispor com os Estados Unidos. É lá que obtêm seus cursos e seus equipamentos”, destacou.

O ministro também fez uma crítica histórica, lembrando que, no ado, os EUA tiveram envolvimento em episódios que fragilizaram a democracia brasileira, como o golpe de 1964. No entanto, ressaltou que o cenário mudou nos últimos anos: “Mais recentemente, tivemos um decisivo apoio dos Estados Unidos à institucionalidade e à democracia brasileira em momentos de sobressalto”.

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