STF retoma julgamento de Bolsonaro e mais sete acusados por denúncia de golpe de Estado; acompanhe ao vivo

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Primeira Turma do STF irá decidir se os acusados pela PGR se tornaram réus por trama golpista

Jair Bolsonaro. | Foto: Marcos Corrêa/PR

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decide, nesta quarta-feira (26), se o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados se tornarão réus por tentativa de golpe de Estado. A sessão extraordinária começa às 9h30; acompanhe ao vivo pela TVGGN.

Hoje, o relator do caso na Corte, ministro Alexandre de Moraes, abre a sessão com o seu voto sobre o mérito da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ou seja, decidirá se há elementos suficientes para a abertura de uma ação penal contra Bolsonaro e os outros acusados do chamado “núcleo 1” da trama. Entre eles estão:

  • O deputado federal e ex diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Alexandre Ramagem;
  • O almirante e ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos;
  • O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres;
  • O general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno;
  • O tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid;
  • O general e ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira;
  • O general da reserva, ex-ministro da Casa Civil e vice de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022, Walter Braga Netto.

Em seguida, também votarão no mérito os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin. 

A partir da decisão, cabe recurso à própria Turma. Caso a acusação seja aceita, os denunciados se tornarão réus e a partir disso começa a fase de instrução processual, com a coleta de provas, além de depoimentos das testemunhas de defesa e acusação.

Após isso, o STF ainda terá de julgar se condena ou absolve os acusados, o que não tem prazo específico para ocorrer. No caso de condenação, as penas serão fixadas de forma individual, de acordo com participação de cada dos denunciados nos crimes.

O que aconteceu no primeiro dia de julgamento

Ontem, Moraes abriu o julgamento com a leitura de seu relatório sobre o caso. O PGR Paulo Gonet fez a sustentação oral da denúncia e as defesas apresentaram seus argumentos. A Turma, então, votou sobre as questões preliminares e todas foram rejeitadas. Confira no resumo abaixo:

  1. suspeição do relator Alexandre de Moraes, rejeitada por unanimidade;
  2. competência do STF para julgar o caso, e da própria 1ª Turma, rejeitada pela maioria, vencido o ministro Luiz Fux;
  3. sobre nulidades processuais, fatiamento das denúncias pela PGR, cerceamento de defesa, document dump (quando há um “caminhão de documentos” para a defesa analisar), ilegalidades no inquérito 40.078 e fishing expedition (quando há uma teoria acusatória determinada previamente, e as provas produzidas servem para validar essa teoria), todas as preliminares foram rejeitadas por unanimidade;
  4. juiz de garantias, rejeitado por unanimidade;
  5. nulidade na delação de Mauro Cid, rejeitada por unanimidade, mas com a possibilidade de ser revisada no decorrer da instrução processual.

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