BOPE invade festa junina, deixa um morto e cinco feridos no Rio de Janeiro

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Ação do BOPE em comunidade do Catete interrompe celebração popular e termina com jovem morto e cinco feridos, incluindo um adolescente

Festa junina no Morro do Santo Amaro foi interrompida por tiroteio. | Imagem: Captura de tela/ Reprodução vídeo

Uma operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) durante uma festa junina na comunidade do Santo Amaro, no Catete, Zona Sul do Rio, terminou em tragédia na noite de sexta-feira (6). O office-boy Herus Guimarães Mendes, de 24 anos, foi baleado e morreu. Outras cinco pessoas ficaram feridas, entre elas um adolescente de 16 anos.

A ação ocorreu enquanto moradores e visitantes assistiam a uma apresentação de quadrilha junina, com a presença de dezenas de crianças. O evento reunia grupos de diferentes regiões do estado. A comemoração virou cena de pânico com gritos, correria e disparos de arma de fogo.

Jovem morre após ser baleado duas vezes

De acordo com o pai da vítima, Herus trabalhava como office-boy em uma imobiliária e foi atingido por dois tiros. Ele chegou a ser levado ao Hospital Glória D’Or, na Zona Sul, mas não resistiu.

Em nota, o hospital confirmou que o jovem deu entrada em estado gravíssimo: “Após exaustivas manobras de ressuscitação, ele não resistiu e veio a óbito logo na sequência.

Os outros feridos foram encaminhados ao Hospital Souza Aguiar, no Centro. O estado de saúde deles não foi divulgado até o momento.

Vídeos mostram desespero e ruas desertas após operação

Nas redes sociais, vídeos registrados por moradores mostram o momento da troca de tiros. É possível ver crianças correndo, adultos se jogando no chão e gritos de pânico. Após o tiroteio, imagens mostram as ruas da comunidade vazias, com clima de tensão e medo.

Até as 9h deste sábado (7), a Polícia Militar (PM) ainda não havia se manifestado oficialmente. Uma fonte da Secretaria de Segurança Pública informou ao g1 que os agentes estavam na comunidade “em uma operação para retirada de portões usados como barricadas”.

Ministério Público foi informado, mas ação gera questionamentos

A Coordenação do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), do Ministério Público do Rio, confirmou que a operação foi comunicada previamente pela PM. No entanto, ainda não há informações claras sobre a justificativa para a ação ocorrer justamente durante uma festa popular, com forte presença de civis.

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2 Comentários

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  1. Rio de Janeiro anda assim; se o bandido não mata o cidadão a polícia mata.
    Ah, mas vai melhorar: agora teremos tropa de elite municipal armada.

  2. A vontade de sangrar inocentes é irresistível e o prazer de matar por motivo fútil deve ser muito grande. Especialmente quando a certeza de impunidade judiciária é garantida. O mesmo fenômeno que nós vemos em Gaza ocorre em menor escala no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. As PMs são sionistas.

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